Vinde ...
E que tudo seja instante
Soluço de viver, fome de sentido
Solo úmido a apontar caminhos: encruzilhada.
Do lado direito, raiz de tudo
Do lado esquerdo, ilusões necessárias
Defronte apenas salto, início
Vinde, pois, agora
Mãos atadas, mãos na fronte
Abraços que virão, noites que serão noites
Chuva que leva o que não foi dito
Gozo e dor como irmãos
Vinde ...
Como um verso não-escrito
Projeto de si, alegoria
Pois não há sina
Sem o ser que se faz sem poesia
Agora, sempre e nunca
Amém
Vladimir Luz
26.01.2011
Foto: Sebastião Salgado
Fabuloso! Esse merecia ser gritado num daqueles bares-culturais do século passado.
ResponderExcluirAgora, está sendo gritado pro mundo inteiro.
Assim seja.