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Deixa a mesa posta
A janela aberta
O riso solto
A porta sem chave
Observa o segundo passar
A dor secar
A flor parir e o vento bagunçar os papéis
E quando o sono vir
Comemore a morte do dia
Abrace o travesseiro sem cobranças
Assim virá mais um dia, e mais um outro dia
É esse o absurdo que nos ronda
Em cada esquina uma sombra
Em cada corpo uma marca
Em cada lembrança uma escolha
Deixa apenas o cenário pronto
A mão espalmada
Pupila dilatada
A alma nua
Quem sabe assim, um dia, como aquele depois do outro
Contando com tamanha distração e desleixo
Essa coisa chamada amor vire mais que palavra
Seja mais que promessa vulgar de felicidade
Seja o toque repentino – acidental e sem razão –
de um simples encontro
09/07/2008
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